Gelatos italianos alimentam sonho de empreendedora

SEX. 01 JUN

Pegar a tradição de uma sobremesa saudável e nutritiva da Itália, adaptar aos sabores tropicais do Brasil, com sua diversidade de frutas, e fazer disso um bom negócio. Essa foi a receita empreendedora que a sommelier italiana Carolina Bestetti implementou, juntamente com o esposo Denis Tentorio, ao criar uma linha diferenciada de sorvetes artesanais, a Preciosa Gelateria, que produz o genuíno sorvete italiano. São cerca de 300 sabores com opções light, diet, vegana, sem leite ou lactose. "Temos um foco, que é fazer tudo aqui, sem depender da indústria. Toda a nossa produção é própria e natural", diz a empresária.

O sonho de ter uma empresa própria no Brasil começou em 2008, quando o casal conheceu a praia de Pipa, em Tibau do Sul, e viu que havia marcado para o sorvete italiano no lugar. Um ano depois, abriram o negócio. Eles já tinham experiência com sorveteria na região norte da Itália. "Tivemos que adaptar as receitas justamente devido à variedade de frutas existentes no Brasil e também em função da escassez de outros produtos". A aposta deu certo. Tanto que a indústria chega a produzir mais de 100 quilos de sorvete por dia na alta estação. Produção que abastece a loja em Pipa e a instalada em Natal, a unidade franqueada da marca.

Um sucesso tem explicação. O gelato é mais saudável e nutritivo em comparação com sorvete tradicional. "O Gelato é diferente do que se tem no Brasil. Nosso sorteve italiano é mais saudável porque eliminamos a gordura hidrogenada. A maioria dos nossos sorvetes é  à base de água. Tentamos então passar essa ideia de sorvete como alimento saudável", justifica Carolina Bestetti.

Além de não ter gordura hidrogenada, nos gelatos Preciosa, o cliente não vai encontrar gordura trans, conservantes, aromas artificiais, corantes e antioxidantes sintéticos. Ao contrário, encontra muita criatividade, fruto da busca por entregar sorvetes que trazem a legítima tradição italiana, com sorvetes cremosos, aveludados e sabores intensos característicos do Brasil e da Itália.

ALI e Sebratec
Após abrir a empresa, o casal procurou Sebrae para adaptar o negócio em franquia. Mas os planos ficaram guardados, embora tenham aberto a filial na capital em parceria com empresários que apostaram na proposta da marca e investiram na loja. A empresa passou a ser atendida pelo programa Agentes Locais de Inovação (ALI). O programa conta com os agentes, bolsistas do CNPq, que são supervisionados por consultores seniores. Eles acompanham in loco o dia a dia da empresa e apontam soluções para pontos passíveis de melhorias.

O ALI é todo custeado pelo Sebrae  e o acompanhamento dura , em média, dois anos e meio. A proposta é ampliar os níveis de qualidade, competitividade e produtividade das empresas participantes, através de consultorias especializadas. Por meio do programa, a empresa recebe gratuitamente diagnóstico da situação da empresa, plano de ação e acompanhamento in loco dos agentes, que propõem melhorias para o negócio e avaliam as mudanças implementadas. Com isso, é possível mensurar o grau de inovação em que a empresa se encontra

Depois do ALI, os empresários viram que precisavam ter presença digital e recorreram ao programa Sebraetec, que subsidia em 70% do valor dos serviços tecnológicos, para construção do site da gelateria. Além disso, através de programa, a empresa desenvolveu a tabela nutricional dos produtos comercializados. "Estar com o Sebrae é saber que, se você precisar de algo, vai ter alguém para me ajudar", analisa Carolina Bestetti.

Ela explica um pouco sucesso que os produtos fazem entre o público. "Investimos em bons equipamentos e matéria-prima. Queremos oferecer sempre um bom produto. Nosso objetivo é sempre surpreender pelo bom sorvete".


Fonte: Agência Brasil
 

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