Crédito: Bruna Justa

Futuro da produção e exploração terrestre de petróleo em debate

SEX. 20 NOV

Os investimentos aplicados por companhias independentes, que adquiriram campos maduros disponibilizados pela Petrobras e leilões, e o retorno desses recursos em produção sinalizam que a produção e exploração terrestre de petróleo e gás natural no país podem ser viáveis. Estima-se que somente no Rio Grande do Norte as reservas ultrapassem os 300 milhões de barris de óleo equivalente, e o dobro desse volume distribuído em outras áreas de estados produtores.

O potencial e as oportunidades, que atraem a atenção de investidores nacionais e internacionais, entram em discussão a partir da próxima segunda-feira (23), com o início da Mossoró Oil & Gas Expo. O evento é um dos principais do Brasil para analisar o mercado de produção terrestre de óleo e gás natural do país. “Temos percebido que a aquisição dessas áreas, antes pertencentes à Petrobras, já mostram que a atividade compensa. O volume de investimentos realizados corrobora com a perspectiva de crescimento da atividade”, destaca o gestor do projeto de Petróleo, Gás e Energias do Sebrae-RN, Robson Matos.

Essas são as questões que o evento visa debater e confirmar se o cenário positivo se concretiza. Nesta edição, o evento será realizado de forma digital, entre os dias 23 e 26, promovendo uma semana de discussões sobre o futuro do onshore brasileiro. As inscrições ainda podem ser feitas pelo site do evento https://mossorooilgas.com.br/ , que é promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e a RedePetro-RN, com apoio de diversos parceiros. A ideia é reunir especialistas e diversos atores do setor para discutir a extração em terra e águas rasas, bem como, a cadeia produtiva, incluindo sobremaneira os fornecedores de bens e serviços nesse segmento.

A produção de gás natural também entra na pauta dos assuntos da Mossoró Oil & Gás Expo. Os participantes pretendem discutir o novo mercado de gás no Brasil e como as empresas poderão se inserir dentro dessa nova realidade. Durante anos, o Rio de Janeiro dominava a produção nacional, mas outros estados estão despontando com produções significativas, como é o caso de São Paulo, que já detém 15% de toda a produção nacional. Há ainda explorações na Bahia e Maranhão, no Nordeste, assim como no Amazonas.

O cenário de oportunidades nessa área será debatido no terceiro dia, a partir das 14h. Os participantes vão discutir, além das oportunidades e desafios para os fornecedores da cadeia de óleo e gás, sobre as novas regras para o licenciamento ambiental no setor Onshore.

Durante a Mossoró Oil & Gas Expo, também será promovida uma rodada de negócio entre os dias 25 e 26, para aproximar empresas fornecedoras de bens e serviços de companhias petrolíferas. A rodada está sendo executada pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e já possui 50 inscritos e oito empresas compradoras confirmadas.

O evento também terá a apresentação de dez empresas inovadoras que atuam na cadeia produtiva do petróleo e gás, apresentação de trabalhos acadêmicos e o Workshop de Segurança Operacional e Meio Ambiente para Instalações Terrestres (SOMAT). A grade completa com a programação pode ser conferida no site do evento.

Agência Sebrae

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