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Fintechs ganham a confiança do brasileiro e facilitam acesso a serviços financeiros

 

O Brasil é o maior ecossistema de fintechs – startups que prestam serviços financeiros por meio de plataformas digitais – da América Latina, segundo o relatório “2021 Global Fintech Rankings”. Apenas em 2021, foram abertas mais de 500 fintechs no país, totalizando mais de 1.200 instituições. Cresce também o número de pessoas que usam os serviços dessas startups, buscando mais praticidade e taxas mais atrativas do que aquelas oferecidas por bancos tradicionais. Pesquisa da Quanto, com a Constellation Asset Management, aponta que 70% dos brasileiros já possuem conta em uma fintech.

“O consumidor busca melhores ofertas e conveniência e as fintechs carregam esse propósito, de usar a tecnologia para simplificar a vida das pessoas e levar até elas soluções personalizadas e desburocratizadas. Esse perfil mais exigente do consumidor é muito benéfico, porque estimula a competitividade no mercado. Vejo como muito saudável e positivo que haja essa concorrência, pois ela estimula a inovação e serviços financeiros mais acessíveis e satisfatórios para a população”, avalia Anderson Locatelli, CEO da Sled, plataforma pioneira que conecta o varejo físico com o sistema financeiro e tem em seu portfólio diversas soluções que beneficiam tanto o consumidor, quanto às empresas.

A pandemia também influenciou essa mudança de comportamento nos consumidores, já que muitas pessoas se adaptaram ao mundo virtual e aprenderam a resolver suas necessidades diretamente dos seus smartphones. Um bom exemplo são os meios de pagamento com carteiras digitais, PIX e QR Code. “Com as medidas de distanciamento, a comercialização virtual alcançou novos consumidores. Com isso, empresas financeiras lançaram novas soluções de pagamento para facilitar as compras e modernizar o varejo”, comenta Locatelli.

Vantagens para o consumidor

As vantagens de usar os serviços de uma fintech vão além das taxas zero de juro e da praticidade de se resolver tudo online. As startups também diminuem a burocracia para se ter acesso aos produtos e serviços desejados. “Como as fintechs já são concebidas com um viés tecnológico e de inovação, naturalmente têm processos mais facilitados e rápidos. Assim, os usuários alcançam mais rapidamente o que buscam, do crédito a soluções de pagamento, por exemplo. A contratação de alguns serviços pode ser feita em minutos, pela internet”, destaca o CEO.

Locatelli cita como outra vantagem a especialização. Diferente de bancos tradicionais, que oferecem um leque muito amplo de serviços e acabam tendo seus produtos padronizados, as fintechs conseguem desenhar melhor suas ofertas, porque costumam atuar focadas em determinado nicho. “Uma fintech de crédito vai ter ofertas e taxas melhores que um banco tradicional, por ser especializada em crédito e conseguir com mais facilidade personalizar suas linhas de financiamento do que um banco comum. Da mesma forma, uma startup que cria soluções de pagamento também terá produtos mais aprimorados para oferecer, já que essa é sua expertise e todo o seu investimento e know how ficam voltados a desenvolver esses produtos e aprimorá-los continuamente”.

  Revista Negócios
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