A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) recebeu, na tarde desta segunda-feira (22), representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste (BNB), Caixa Econômica Federal e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para discutir linhas de crédito destinadas ao setor industrial potiguar. O encontro aconteceu na Casa da Indústria e contou com a presença de presidentes de sindicatos filiados e diretores do Sistema FIERN.
Com participação do presidente do Sistema FIERN, Roberto Serquiz, e conduzida pelo vice-presidente da FIERN, Ednaldo Barreto, a reunião teve como objetivo apresentar oportunidades de financiamento que possam impulsionar investimentos, apoiar projetos de inovação e ampliar a competitividade das indústrias do estado.
Serquiz destacou que a reunião propõe aproximar a indústria das fontes de financiamento e criar condições para que as empresas do RN possam investir em inovação, expandir sua capacidade produtiva e fortalecer sua presença no mercado.“Os recursos estão disponibilizados para que a indústria verdadeiramente tenha acesso e isso possa ser transformado em investimento. O Rio Grande do Norte passa por um momento de muita dificuldade. A situação fiscal do Estado é muito difícil, não há dinheiro para a infraestrutura, e o custo do empresariado hoje é muito elevado, sobretudo na questão da logística”, disse.
“O empresário do Rio Grande do Norte hoje é um dos mais sacrificados, principalmente aquele que atua na indústria de transformação, que enfrenta barreiras que precisam ser superadas”, completou o presidente.
Na abertura, Ednaldo Barreto destacou que a articulação é um passo importante para facilitar o acesso das empresas ao crédito. “O objetivo é viabilizar e facilitar o crédito para os setores industriais a partir das demandas de cada um. Estamos abrindo um canal de comunicação direto com as instituições financeiras”, ressaltou.
Entre os pontos apresentados, os representantes do BNDES — Rodrigo Aguiar, gerente regional, e Romero Paes, coordenador regional — reforçaram as linhas voltadas a micro, pequenas e médias indústrias, com destaque para financiamentos de capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos e taxas de juros diferenciadas para a região Nordeste. A instituição também apresentou modalidades como o BNDES FINAME, que financia bens industrializados de fabricação nacional.
A FINEP, por sua vez, detalhou instrumentos de apoio voltados à inovação, como recursos não reembolsáveis para Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), subvenções econômicas para empresas e o programa Finep Mais Inovação, que prioriza áreas estratégicas definidas pela Nova Indústria Brasil (NIB), como bioeconomia, transformação digital, saneamento e energias renováveis. “Quanto mais inovador é o projeto, menor é a taxa de financiamento”, explicou Rafaelly Fortunato, analista da regional Nordeste da FINEP.
Representando a Caixa Econômica, o superintendente executivo de Atacado, Otávio Alonso, e o superintendente de Rede, Sérgio Abrantes, ressaltaram a importância de as empresas se prepararem para acessar os créditos e destacaram a possibilidade de soluções personalizadas para diferentes perfis de negócio. “Estamos aqui para exercer nosso mandato de fomentar empresas e o estado. Mas é essencial que as indústrias estejam organizadas para receber o crédito”, disse Alonso.
Já o superintendente do Banco do Nordeste no RN apresentou as linhas de financiamento disponíveis e os benefícios do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal instrumento financeiro da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e pilar do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que atende a mais de 2 mil municípios. “Estamos colocando o nosso banco à disposição”, afirmou.