Crédito: Dênio Simões | Ministério do Desenvolvimento Regional

FIERN e Ministério do Desensolvimento Regional firmam parceria para criação do polo Minero-Químico

 

A FIERN e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) firmaram, nesta sexta-feira (3), um acordo de cooperação técnica (ACT) para a elaboração dos estudos necessários para avaliar a viabilidade de instalação de um polo Minero-Químico e Industrial no Rio Grande do Norte. O documento foi assinado pelo presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, e o ministro Rogério Marinho, em solenidade realizada na Casa da Indústria, que reuniu empresários, representantes do setor produtivo e autoridades políticas.

O protocolo de intenções, como ressaltou o presidente Amaro Sales em seu discurso, é o primeiro passo para construção de uma sólida cooperação em torno de um dos projetos mais esperados do Rio Grande do Norte: o complexo Minero-Químico na região de Guamaré-Macau-Porto do Mangue.

“O Ministério do Desenvolvimento Regional e FIERN firmam hoje um acordo de cooperação técnica que, ao final, subsidiará a estratégia de viabilidade da instalação do citado parque minero-químico da Região Salineira”, frisou o presidente da FIERN. A estimativa é de investimento inicial de cerca de US$ 500 milhões e geração de 10 mil empregos nos últimos estágios.

O ministro Rogério Marinho destacou que um projeto muito importante para o desenvolvimento regional. “O projeto do polo minero-químico já está no Rio Grande do Norte e precisa ser modernizado. E a FIERN é a alavanca desse processo, o alicerce onde nos apoiaremos para fazer essas mudanças. Temos a responsabilidade de apresentar um produto que atraia investimentos e, com esta parceria, o governo federal, por meio do MDR< colocará o selo de certificação do projeto”, disse Marinho.

O acordo de cooperação técnica prevê atuação conjunta das instituições para avaliar a viabilidade do complexo minero-químico e industrial na região Oeste do estado. Para tanto, serão atualizados estudos feitos pela FIERN com o mesmo objetivo. Os trabalhos deverão ser concluídos em seis meses, a contar da publicação do instrumento no Diário Oficial da União, com possibilidade de prorrogação. A parceria não envolve repasses de recursos ou encargos entre as partes.

O presidente da FIERN pontuou ser necessário atualizar os estudos, construir cenários, sistematizar dados e mobilizar interesses para a efetividade do projeto desta relevância para o Rio Grande do Norte. Ele lembrou ainda que o estudo inicial do MAIS RN, realizado em 2014, mapeia a cadeia produtiva de PVC, Vidro, Barrilha, Cloro.

“A situação atual das cadeias econômicas globais para esses produtos; as vantagens geográficas do Rio Grande do Norte para atrair este investimento – presença de calcário, água-mãe das salinas, energia limpa – são atrações adicionais para a viabilidade do empreendimento sonhado desde a década de 70 no Estado”, disse.

Em seu discurso, Amaro Sales ressaltou também a trajetória política do ministro e relembrou projetos importantes para o estado, como o Instituto Metrópole Digital, o Programa Pró-Sertão, a conclusão da Barragem Oiticica, o Projeto Hídrico Seridó e projetos estruturantes de turismo e mobilidade urbana “que têm a marca da recente atuação de Rogério Marinho”. “O MAIS RN, um programa que abraçamos desde o início, também contou com a colaboração dele”, acrescentou.

Polo irá gerar 10 mil empregos diretos

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destacou que o projeto tem potencial enorme de geração de emprego e renda para o Rio Grande do Norte. “É um dos maiores projetos de desenvolvimento não só do Estado, mas de todo o Nordeste. O MDR vai dar todo o suporte para que possamos ter a viabilidade desse empreendimento atestada. Ao apoiarmos a FIERN, estamos estimulando o desenvolvimento regional, que é uma das atribuições principais do MDR”, afirma o ministro.

Segundo ele, o projeto irá gerar 10 mil empregos diretos e até quatro vezes esse número de indiretos, totalizando 50 mil postos diretos ou indiretos. “Estamos falando em mudança de patamar, de paradigma, de tirar o Rio Grande do Norte da dependência”, enfatizou Rogério Marinho.

O deputado federal João Maia ressaltou que o RN tem a maior reserva de águas mães o que faz o Polo, quando concretizado, não ter concorrência

Para o deputado Benes Leocádio, a partir do protocolo de intenções o projeto ganha um rumo a seguir para instalação do polo.

O prefeito de Natal, Álvaro Dias, ressaltou ainda que a parceria firmada entre FIERN e MDR será importante para geração de emprego e renda na região.

O deputado estadual Hermano Moraes destacou que o projeto tem o potencial de aproveitar potencialidades naturais e recursos humanos norte-rio-grandense, atrair investimentos e estimular o desenvolvimento regional. Avaliação compartilhada pelo presidente da Femurn, Babá.

Participaram do evento, os diretores da FIERN Vilmar Pereira, Roberto Serquiz, Heyder Dantas, José Garcia da Nóbrega, Mário Tavares, Airton Torres, Silvio Bezerra, Marcelo Rosado, além do superintendente regional do SESI-RN, Juliano Martins, do diretor regional do SENAI-RN, Emerson, superintendente do IEL-RN, Juan Saavedra, Superintendente Corporativo da FIERN, Glaucio Ferreira Wanderley, e o diretor do CTGAS-ER e ISI-ER, Rodrigo Mello.

Sobre o projeto

O projeto para instalação de um polo Minero-Químico e Industrial no Rio Grande do Norte abrange municípios da região Oeste. Um dos atrativos do polo é a presença das matérias-primas necessárias (gás, minérios e sal) para a efetivação de uma série de cadeias produtivas: PVC, cloro, soda, magnésio metálico, bromo e derivados, barrilha, vidro e sabão em pó.

Há previsão de ser construída uma usina de geração de energia para as indústrias que se instalarem no empreendimento, além de um novo porto offshore na região para atender a logística demandada pelos investimentos a serem realizados. A projeção é que sejam necessários ao menos US$ 2,6 bilhões para a implementação do polo. Estudos preliminares apontam que poderão ser gerados cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos quando o projeto for concluído.

FIERN/MDR

  Revista Negócios
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