Crédito: Canindé Soares

Fenacam se destaca como 'plataforma de impulsionamento' para a carcinicultura, piscicultura e malacocultura, no Brasil

 

Academia, governos, entidades, associações, produtores e empresários. Os principais atores da cadeia produtiva que envolve os setores da carcinicultura, piscicultura e malacocultura brasileira marcam presença na 17ª edição da Fenacam - Feira Nacional do Camarão, que começou na terça-feira (16) e segue até esta sexta-feira (19), no Centro de Convenções de Natal. Além do Brasil, outros nove países participam dos simpósios e mesas redondas, que atualizaram os produtores, fortaleceram as conexões e estimularam os negócios com temas nas áreas técnico-científica, comercial e empresarial.

“A Fenacam é um ponto de encontro de confraternização, mas acima de tudo, de conversações entre os produtores e as pessoas que desenvolvem as tecnologias. Por isso nós temos os simpósios internacionais, com nove países participando esse ano, falando da larvicultura, do processo de cultivo, da engorda, do processamento, entre outros temas importantes para o setor. A Fenacam tem hoje o poder de agregar o setor, trazer, conversar e disseminar informações que possam ajudar cada vez mais o Brasil a desenvolver essa atividade”, destaca Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão - ABCC e idealizador da Fenacam.

De Campinas/SP, João Manoel Cordeiro Alves, gerente de aquicultura da Guabi, veio para palestrar sobre a produção de camarão livre de antibióticos, durante o Simpósio Internacional de Aquicultura. Para ele, a Fenacam é de fundamental importância para o desenvolvimento do setor no país. "Não tenha dúvida que a Fenacam é essencial para a Carcinicultura e Aquicultura, em geral. Como responsável por pesquisas e desenvolvimento de produtos, marketing e relacionamento da Guabi, tenho a honra de dividir conhecimento e mostrar a importância da produção de camarão livre de antibióticos", diz João Manoel, que também expôs os produtos de sua empresa em um dos cerca de 200 estandes da feira.

“Estamos muito felizes em estarmos no Brasil e otimistas com essa feira", comemora o espanhol Nestor Elizondo, representante do laboratório Biolan, com sede na Espanha e filiais no México, Equador, Chile e Tailândia. "Vendemos para a indústria de carcinicultura e de peixes e já fechamos bons negócios”, revela Nestor. A Biolan vende uma tecnologia que mede a histamina em peixes e o sulfito em crustáceos.

O 17º Simpósio Internacional de Carcinicultura e o 14º Simpósio Internacional de Aquicultura abordaram vários temas como:

Panorama da Produção Mundial de Aquicultura, Carcinicultura, com destaque para as Oportunidades que o Gigantesco Trading Internacional de Frutos do Mar, pode oferecer para o Brasil;

Avanços Tecnológicos na Maturação, Reprodução e Larvicultura de Camarões e Peixes;

Atualidades Tecnológicos da Nutrição e da Genética, para a produção de matrizes e alimentos balanceados, com vistas a exploração sustentável de camarões marinhos, peixes e moluscos cultivados;

As Boas Práticas de Manejo - BPM’s e as Medidas de Biossegurança, como ferramentas indispensáveis para a sustentabilidade das explorações aquícolas, tanto para o camarão marinho, como para as demais espécies aquícolas cultivadas;

Apresentação Diferenciada, Agregação de Valor e Aspectos Mercadológicos dos produtos aquícolas produzidos no Brasil;

O Papel das Mídias Digitais, na Promoção, Comercialização e Distribuição de Produtos Aquícolas no Contexto do seu Consumo no Mercado Interno e Mercado Global de Frutos do Mar.

Carcinicultura comemora reabertura do "food"

A reabertura da economia também foi bastante comemorada pelo setor de carcinicultura. De acordo com os produtores, com bares e restaurantes comprando mais a produção aumenta. "A reabertura dos 'foods' (mercado de alimentação) animam o setor, porque amplia a produção", confirma Álvaro Acácio, produtor e diretor da Associação Norte-rio-grandense dos Criadores de Camarão. "O crescimento das exportações é outro ponto importante para o setor", completa o dirigente, dizendo acreditar num 2022 promissor.

“O setor de camarão e pescado está bem otimista com a retomada dos bares e restaurantes. Estamos tendo uma recuperação de mercado”, comemora Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura – Peixe BR. “Temos empresas grandes e sólidas em condições de concorrer com qualquer mercado do mundo.”

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