Crédito: Bruna Justa

Evento virtual discute o novo mercado de petróleo no RN

SEX. 24 JUL

As oportunidades de operação onshore (em terra) e o novo mercado de petróleo no Rio Grande do Norte, a partir da entrada de operadoras independentes na Bacia Potiguar, foram discutidas durante o encontro virtual “Circuito Brasil Óleo & Gás – Rio Grande do Norte”, realizado na última quinta-feira (23). O mercado potiguar experimenta a chegada de novos players na exploração dos campos maduros da Bacia Potiguar e a perspectiva de redução do preço da molécula do gás, a partir da ampliação da produção no estado.

O evento, que foi promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), Firjan e outras instituições, teve como objetivo integrar diferentes atores do mercado em torno de pautas fundamentais para o estado.

Presidente da ONIP, Eduardo Gouveia Vieira destacou a liderança da indústria do petróleo norte-rio-grandense no que ele classificou de “o momento do novo onshore” no Brasil. “O momento é de oportunidade. O setor de petróleo e gás é fundamental para recuperação da economia do estado e do país, no período pós-pandemia. O estado tem vocação e expertise técnica e lidera o movimento do novo onshore, com duas dezenas de operadoras interessadas em exploração em terra firme. O RN pode liderar as mudanças para todo o país. O mercado onshore traz novas oportunidades”, concluiu Gouveia. Ele ainda destacou a necessidade de acompanhar o marco regulatório que tramita no Congresso.

Para Marcos Félix, vice-presidente executivo ONIP, o Rio Grande do Norte saiu na frente e caminha a passos largos na retomada das operações de exploração e produção de petróleo terrestre, servindo de exemplo para outros estados. “Os desinvestimentos da Petrobras resulta em novas oportunidades com uma nova visão. Mossoró, a capital onshore brasileira, tem uma nova responsabilidade no setor, além da sinergia com setores importantes como energias renováveis, fruticultura e turismo”, observa Félix.

Novas oportunidades

O presidente do Sistema FIERN, Amaro de Araújo Sales, ressaltou a trajetória da indústria potiguar de petróleo no processo de transferência da exploração de campos maduros para a iniciativa privada. No ano passado, frente à decisão de desinvestimento da Petrobras e venda de ativos, a FIERN buscou a articulação com empresários e rede de fornecedores locais, entidades representativas, órgãos reguladores e o Ministério de Minas e Energia para tratar a restruturação do setor no estado.

O setor responde por 40% do PIB industrial do RN. E vem enfrentando dificuldades, lembrou o presidente da FIERN, com efeito direto na economia com a queda de produção e, consequentemente, de receita do estado. A produção terrestre que já chegou a atingir 117 mil barris/dia, nos últimos anos, declinou para 25 mil barris/dia.

“Em meio às dificuldades enfrentadas, o estado tem uma esperança de que a indústria de petróleo e gás renasça na economia. O setor faz parte da história e economia do Rio Grande do Norte, tendo ocupado o primeiro lugar em produção terrestre de petróleo e vendo o setor e a economia encolher. E, agora, o novo modelo, que enfrentou resistência a princípio com a saída da Petrobras, abre novas oportunidades com a venda dos campos maduros e as empresas, hoje, trazem a perspectiva de desenvolvimento regional”, avalia Amaro Sales.

As novas oportunidades vem com o Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Terra – REATE 2020, que busca avançar no desenvolvimento e implantação de uma política nacional que fortaleça a atividade em áreas terrestres no Brasil. A consolidação do REATE 2020 abre importantes perspectivas com potencial de produção de óleo e gás em terra para o estado e na construção de uma indústria de exploração e produção terrestre competitiva.

Mais Informações: https://www.fiern.org.br/oportunidades-e-desafios-novo-onshore-no-rn-sao-discutidos-no-circuito-brasil-oleo-gas/

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