Estudo revela um Brasil conectado, mas sem relevância

QUA. 10 ABR

Estudo da consultoria McKinsey, realizado em parceria com o evento Brazil at Silicon Valley, aponta que o Brasil é um dos países mais conectados do mundo. Cerca de 67% da população ou aproximadamente 140 milhões brasileiros acessam a internet. Em 2008, há 11 anos, eram apenas 34%. “O brasileiro está pronto para a revolução digital, mas falta infraestrutura e investimentos”, afirma Jordan Lombardi, um dos pesquisadores da McKinsey, em entrevista à revista Época Negócios. 

De acordo com trecho retirado de um artigo do canal MEIO "o Brasil tem uma notável cultura digital voltada, essencialmente, para o consumo... Mas, diferentemente de todos, não faz dinheiro com o digital, não tem empresas da Nova Economia com relevância para seu PIB e, fechada para o mundo como é a economia nacional, este quadro não deve mudar tão cedo".

Os smartphones, como já era de se imaginar, dominam os acessos, com 44%, segundo o estudo. Os aplicativos de mensagens, como o whatsapp, e as redes sociais lideram com folga o ranking de usabilidade do brasileiro. O Brasil está na segunda posição em números de usuários no WhatsApp e no Instagram, é o terceiro colocado no acesso ao Facebook e LinkedIn e tem a maior base de usuários de língua não-inglesa no Netflix.

Porém, quando o assunto é inovação, a pesquisa revela um Brasil pequeno. E o registro de patentes é um dos grandes vilões. Enquanto no Japão um registro leva um ano para ser aprovado, no Brasil o empresário espera, em média, 14 anos. Entre 2010 e 2018, nenhuma empresa brasileira de tecnologia entrou para a lista das dez primeiras colocadas. Por outro lado, a China teve duas empresas de tecnologia entre as dez mais valiosas e os Estados Unidos conta com cinco empresas de tecnologia ocupando os cinco primeiros lugares: Apple, Amazon, Google, Microsoft e Facebook. 

Com 39% de sua população economicamente ativa dona do seu próprio negócio, segundo revela o estudo da consultoria McKinsey, e um potencial de crescimento no mercado de tecnologia, o Brasil tem futuro, mas precisa inovar e facilitar as regras para quem deseja empreender. “No Brasil, não tem espaço para testes. Aqui no Vale do Silício, por exemplo, se a empresa dá errado, ele fecha e vai em busca de outra coisa. Vira a página", disse Lombardi. As fintechs, que já chegaram a 400 no país, são citadas como bons exemplos.


Confira a íntegra do Brazil Digital Report (em inglês):

https://www.brazilatsiliconvalley.com/brazil-digital-report

 

 

  Revista Negócios
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