Crédito: Demis Roussos

Entidades do setor produtivo do RN lamentam adiamento da reabertura da economia

 

Entidades do setor produtivo do Rio Grande do Norte lamentaram o adiamento da abertura gradual da economia, prometido pelo Governo do Estado, já a partir desta quarta-feira (24). Um novo Decreto, divulgado nesta terça-feira (23), por solicitação dos Ministérios Públicos, Estadual e Federal, adiou essa abertura para o dia 1º de julho.

Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte - FIERN, Fecomércio e Clube do Dirigentes Logistas de Natal emitiram nota, lamentando a situação. Confira, na íntegra, as notas da FIERN e da FECOMÉRCIO:

FIERN

A FIERN lamenta o anúncio feito pelo Governo do Estado em adiar, para 1º de julho, o início da retomada gradual das atividades econômicas. Esclarece, por oportuno, que a indústria está em funcionamento, contudo, setores do comércio e serviços estão parados, o que afeta a produção industrial. Ademais, a FIERN empresta solidário apoio a todos os empreendedores e trabalhadores que estão com suas atividades suspensas em decorrência da pandemia de Covid-19 e defende que, gradualmente, já agora, era possível ter autorizado o funcionamento de algumas, em particular, as que geram pouco fluxo de pessoas.

Finalmente, a FIERN reafirma o propósito de continuar dialogando com o Governo do Estado, entretanto, estudará, em parceria com as demais Federações representativas dos empreendedores potiguares, o ajuizamento de medidas que possam discutir, no âmbito do Poder Judiciário, possibilidades de reabertura para algumas atividades que, há 90 dias, estão suspensas, inclusive, com milhares de empresas já sem condições de retorno. Os reflexos de um novo adiamento agravarão as dificuldades já vividas por todos.

FIERN – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte

FECOMÉRCIO/RN

Nosso lamento, nosso desânimo e nossa preocupação Mais uma vez assistimos, com imensa preocupação, um adiamento do início efetivo da Retomada Gradual das Atividades Econômicas no Rio Grande do Norte. Infelizmente, não temos autoridade institucional para nenhuma atitude além das que já temos tomado.

Temos contribuído fortemente, desde o início, com todas as ações de suporte à sociedade e, de forma direta e indireta, com os governos municipais e estadual.

No entanto, parece que tudo tem sido em vão. O desânimo é inevitável. Somos vítimas, como toda a sociedade potiguar, de uma postura que, por anos a fio, manteve nossa estrutura de saúde pública à beira de um colapso. E este colapso chegou com uma força descomunal – embora previsível – agora.

Um cenário que além de colocar em risco a vida de todos os norteriograndenses, tem imposto ao setor produtivo do estado a maior e mais profunda crise de sua história, com consequências nefastas e praticamente imprevisíveis a curto, médio e longo prazos.

A nós, resta lamentar que todo o trabalho que fizemos não tenha sido suficiente. Um trabalho que, além do suporte à sociedade e aos governos, já citados, inclui, ainda um protocolo técnico de retomada e a preparação detalhada de empreendedores e colaboradores para aplicá-lo. Faltaram os governos! Todos, em todas as esferas!

Seguiremos aguardando – e cobrando – ações efetivas dos gestores públicos que possam viabilizar a retomada, que é urgente.

E, infelizmente, colecionando portas fechadas, empregos perdidos e histórias de desespero e falta de perspectiva. Vendo se esvair a dignidade de tantos empreendedores e trabalhadores deste estado, ceifada por um cenário que não fomos nós que criamos e sobre o qual, temos certeza, agimos muito além de nossas forças.

À sociedade, por fim, alertamos: a conta de tudo isso já está chegando. E ela também não será baixa.

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO RN (FECOMÉRCIO RN)

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