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Empresas de tecnologia se fortalecem na pandemia e podem ser as maiores da Bolsa no futuro

 

Responsáveis por uma boa parcela da movimentação do mercado financeiro, as big tech parecem não conhecer a palavra crise. Enquanto o comércio mundial sofre com ruas vazias, mesmo diante da instabilidade de mercado provocada pelo novo coronavírus, gigantes em tecnologia como Amazon, Facebook e Apple continuam a exibir números invejáveis de faturamento.

Apenas nos últimos dias, a empresa co-criada por Steve Jobs, a Apple, superou o PIB brasileiro e bateu a marca de US$ 1,88 trilhão em valor de mercado. A Amazon, por outro lado, superou as estimativas de vendas e faturou US$ 88,91 bilhões apenas entre abril e junho desse ano. Empresas latinas também não ficam para trás, Mercado Livre, Globant e Arco Educação navegam bem o cenário disruptivo.

De acordo com o especialista em tecnologia e redes sociais Bruno Maciel, não é de se espantar que em um cenário onde todas as tarefas são cumpridas por meio da internet, essas sejam as empresas que lucram com a pandemia. “A pandemia abriu os olhos do mercado para algo que já era certo: as empresas de tecnologia não são o negócio do futuro e sim, do presente”, aponta.

A crise gerada pela pandemia veio apenas para antecipar as tendências de mercado, reafirmando as empresas de tecnologias como os grandes geradores da capital, atingindo em poucos anos, os maiores valores de mercado, analisa Bruno. “Como estaríamos vivendo meio ao caos se não fosses as soluções tecnológicas? A crise veio mostrar ao pequeno empresário que é preciso estar na internet, que é preciso usar o marketing”, defende.

Segundo ele, quem já estava no processo de transformação digital muito se beneficiou das redes, que se tornaram importantes canais de venda. “Muitos usuários chegaram à compra digital, apenas devido à crise. Esse consumidor em potencial é agora quem está mais familiarizado com essas novas formas de comunicação e quem vai passar a usar as redes online para comprar. Um fator que poderia demorar alguns anos para acontecer, mas se acelerou devido à crise”, elucida Bruno.

No caso da Apple, se tudo continuar nesse caminho, a empresa pode se tornar a primeira a alcançar US$ 2 trilhões em valor de mercado. “O número pode ser atingindo em poucas semanas, visto que o superfaturamento do último trimestre foi um ponto de virada para investidores”, aponta Bruno.

  Revista Negócios
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