Marcelo Moraes
Crédito: Jan Sen Photografia

Empresário carioca acredita no potencial do turismo interno para retomada do setor

SEG. 21 SET

Com a pandemia do coronavírus, o setor do turismo acabou sendo um dos mais afetados. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas estima que, só no Brasil, este segmento deve ter perdas de mais de R$ 161 bilhões. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE), entre março e abril deste ano, o turismo no Brasil teve uma queda de 68,1%.

Apesar da reabertura de diversos setores em todo o mundo, a forma como se viaja deve sofrer mudanças impactantes. A recuperação tende a ser lenta e gradual, não só no setor hoteleiro, mas em todo escossistema, como restaurantes, pontos turísticos e comércio. “O turismo movimenta a cadeia produtiva de uma cidade, pois ele vai desde a hospedagem, passando pelo transporte, alimentação e comércio. Turismo gera emprego, que no Brasil, é importante. Lembrando que também melhora a qualidade de vida e é o novo petróleo”, diz o empresário do ramo de turismo e entretenimento, Marcelo Moraes, que prevê uma retomada lenta e gradual com uma maior força para o turismo interno.

“A hotelaria começa o processo de recuperação, de forma tímida, fomentada com o turismo interno. O hotel Rio Othon Palace, em Copacabana, onde trabalho como gerente de marketing, teve 49% de ocupação, no último feriado, de 07 de setembro, com todo o pool de quase 600 quartos. Para os de 12 de outubro e 2 de novembro, a ocupação será superior a essa”, explica ele, que fundou a empresa Leblon Entretenimento, responsável pela realização de grandes camarotes na Avenida Marquês de Sapucaí.

Quando se fala de turismo no Brasil, não tem como não lembrar daquele que é considerado o maior réveillon do mundo, o de Copacabana, no Rio de Janeiro. Os hotéis e organizadores de evento já começam a repensar como será nesse ano de pandemia. A Prefeitura do Rio declarou que será online, mas Marcelo Moraes já tem a sua estratégia definida.

“Decidimos que aqui no Othon, não tem como ser virtual. 2020 foi um ano de superação e dificuldades, por isso, vamos manter as três festas de 2019, mas com um terço da capacidade, no máximo, até 500. Teremos todo o protocolo de segurança, distanciamento das mesas, álcool em gel à disposição em todo o hotel e as máscaras estarão inclusas no pacote. Além disso, Copacabana não pode ficar sem a sua tradicional queima de fogos. Faremos uma na cobertura, c om 12 mi nutos de duração, para os nossos convidados e também para quem estiver no bairro, possa prestigiar de longe”, completa o novo rei da noite carioca, Marcelo Moraes.

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