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Em meio à pandemia, empresas adotam iniciativas para apoiar funcionários enlutados

QUA. 03 FEV

A morte faz parte do processo natural da vida. Já o luto é um sentimento diante do rompimento de um vínculo significativo. Embora muito comuns em nosso dia a dia, os temas ainda são tabus na sociedade. Desde 2020, a dupla vem ganhando evidência entre as rodas de conversas por causa da pandemia da Covid-19. Os assuntos ultrapassaram o convívio da família e dos amigos e chegaram ao ambiente de trabalho com mais força.

De acordo com a psicóloga do Luto do Cemitério e Crematório Morada da Paz no Rio Grande do Norte, Beatriz Mendes, a nova experiência passou a exigir de todos uma preocupação ainda mais consciente sobre a finitude da vida e a maneira de lidar com o funcionário que esteja vivenciando a dor da perda. “O luto é um processo que cada um vai viver à sua maneira. Não há receita de bolo. Importante é pensar a necessidade de cada enlutado, dando suporte e, quando necessário, oferecer ajuda especializada.

Em tempos de aprofundar o exercício da empatia com o próximo, várias organizações mantiveram ou intensificaram algumas medidas para enfrentar as temáticas entre os colaboradores, além do que está previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) – que garante ao trabalhador até três dias de licença em caso de morte de um familiar.

Gerente de Recursos Humanos do Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal, Ana Karenina Santos afirma que o acolhimento do funcionário enlutado tem sido a principal maneira de ajudá-lo durante o momento da perda do familiar. Ainda segundo ela, a política de apoio para funcionários enlutados é a mesma para todos, seja em decorrência do Coronavírus ou por qualquer outra causa da morte.

“Uma das formas de ajudarmos o colaborador é por meio da assistência psicológica, envio de coroa de flores ou até mesmo concedendo mais dias de afastamento de trabalho. Nosso objetivo é fazer com que ele lide com sua perda da maneira mais respeitosa possível. Acolher esse funcionário em um momento tão difícil, sem dúvidas, é o melhor caminho”, reflete.

“Quando um funcionário vivencia uma perda, validar o processo de luto é fundamental. Empatia e tolerância são essenciais. Penso que essas duas coisas são a base para qualquer atitude cuidadosa em relação ao enlutado. Mas isso precisa ter reverberação nas ações de flexibilidade em relação às necessidades do funcionário em luto”, reforça a psicóloga Beatriz Mendes.

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