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Economia empresarial: conheça as 6 principais crises das empresas

TER. 14 JUL

Momentos de crise exigem cuidados redobrados em todos os aspectos da gestão corporativa, com foco na organização dos processos gerenciais e no planejamento de metas, objetivos e planos de ação para colocar a casa em ordem. Mas como proteger a rentabilidade da companhia quando os problemas chegam? Para se prevenir, é preciso prestar atenção nas 6 crises empresariais mais recorrentes no país.

De acordo com o especialista em administração Milton Jaworski, fundador da Jaworski Consultoria Empresarial, uma vez que a rentabilidade entra em queda, a competitividade e lucratividade tendem a seguir o mesmo destino. E tudo começa com a falta de planejamento. “É comum vermos gestores que não desenvolverem um planejamento estratégico – ou pior: até contam com o documento pronto, mas não o usam como o guia necessário. Sem uma estratégia bem definida, é impossível estabelecer os critérios certos para o crescimento”, afirma ele.

O segundo momento de crise está no mal uso do capital de giro, ou seja, aquele recurso usado para financiar o dia a dia das operações empresariais, seja para manter os estoques ou atender as despesas operacionais. “A gestão desses recursos é um dos pontos mais complexos para os administradores e, em função de sua importância para a empresa, fazer ajustes com o apoio de uma consultoria empresarial pode ser fundamental, especialmente se a companhia começa a sofrer com falta de recursos e precisa recorrer à aportes externos, como empréstimos”, explica o especialista. Manter o capital de giro sadio é fundamental para que a empresa consiga dar conta de suas despesas.

Já quando uma empresa começa a crescer, é natural que os empresários ou sócios-fundadores precisem delegar tarefas que antes eram executadas por eles mesmos, resultando, muitas vezes, em uma crise de delegação, que faz com que a empresa deixe de executar atividades com a mesma qualidade de antes. “É importante lembrar que delegar não é abdicar, mas sim informar, capacitar e monitorar”, comenta Jaworski. Se há dificuldade neste quesito, as empresas podem contar com o apoio de uma consultoria de negócios, capaz de ajudar a identificar quais atividades devem ser prioridades para o empreendedor e o que deve ser distribuído.

Muito parecida com a crise de delegação está a crise de liderança. “Um bom líder sabe delegar e deixar que os colaboradores ou responsáveis executem as tarefas do jeito que entendem ser mais efetivo. Quando isso não é feito da forma correta, chega outra crise”, detalha ele. Quando se obtém sucesso na divisão de tarefas, é necessário aprender a liderar e, sobretudo, motivar uma equipe em prol do crescimento empresarial. Ganhos financeiros e um bom salário são alguns dos fatores apontados para ter uma equipe motivada.

A quinta crise mais comum nas empresas é a da expansão. Afinal, toda empresa tem interesse em aumentar as receitas e o volume de negócios efetivados. No entanto, esse passo precisa ser feito de forma planejada e no momento adequado para que a companhia não seja obrigada a, no futuro, recolher suas operações. “Os empresários brasileiros já enfrentam uma série de desafios externos para expandir suas empresas, como a elevada carga tributária, dificuldade para crédito e os altos juros”, diz. De acordo com o especialista, uma expansão bem sucedida é resultado de um planejamento estratégico bem executado. “Um dos grandes entraves é a elaboração de um planejamento que não leve em conta os novos custos reais, o contexto econômico, os novos concorrentes, entre outros aspectos importantes”, explica.

Por último, mas não menos importante, está a crise da prosperidade. Assim como quando a economia do país não vai bem, as empresas são obrigadas a ter uma preocupação maior com seus custos, contenção de gastos e aumento da produtividade, o mesmo acontece com momentos de fartura. “As épocas de prosperidade – de caixa cheio – precisam ser vividas com muita cautela”, complementa Jaworski. Para lidar com este momento, o especialista indica controlar custos, estar atento aos índices de produtividade e procurar melhorias constantes – seja na qualidade dos produtos, nos processos internos, no atendimento ao consumidor.

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