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Economia criativa e mundo digital são alternativas para pequenos negócios durante o carnaval

SEX. 29 JAN

Com os festejos carnavalescos oficialmente cancelados em João Pessoa e outros municípios pelo país, empreendedores de setores ligados ao turismo, hotelaria e gastronomia, por exemplo, precisarão contar com a criatividade e a internet para aproveitar a economia gerada no período e, ao mesmo tempo, respeitar as medidas de segurança relacionadas ao contágio da Covid-19. Neste sentido, o Sebrae Paraíba dá dicas e sugestões para os donos de pequenos negócios aproveitarem o momento.

A gestora de turismo e economia criativa do Sebrae Paraíba, Regina Amorim, explicou que o carnaval faz parte das expressões culturais da economia criativa e, portanto, é uma festa popular dinâmica e que pode ser ressignificada a partir de diferentes situações. Além disso, a analista salientou que a matéria-prima da economia criativa em um determinado território é o conhecimento humano e a cultura produzida pelo povo daquele lugar.

“Abrir novas oportunidades de negócios ligados ao carnaval, no mundo digital, significa projetar o Brasil no cenário internacional, com exportações de produtos criativos. Neste contexto, certamente surgirão novos negócios, na cadeia produtiva da economia do carnaval, em qualquer lugar do país, unindo os diferentes atores criativos”, afirmou Regina Amorim.

Por sua vez, a presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), Célia Domingues, destacou que, embora a economia criativa da indústria do carnaval seja lembrada apenas nas proximidades dos festejos de momo, o ecossistema se movimenta o ano inteiro, aquecendo a cadeia produtiva do setor e gerando oportunidades de emprego e renda por meio de trabalho digno.

“Os bastidores dos barracões das Escolas de Samba têm agenda de trabalho permanente e crescente, oferecendo oportunidades a milhares de artistas, artesãos, fabricantes, prestadores de serviços de várias áreas e artes de diferentes técnicas. Com a possibilidade de não acontecer o espetáculo em diversas cidades e estados do Brasil, por conta da pandemia do coronavírus, os artistas estão se encaixando nos projetos virtuais para mostrar suas criações e poder comercializá-las para o mundo, atualmente um campo de trabalho muito maior e sem limites”, avaliou Domingues.

Sugestões

Dentre as dicas dadas pela gestora Regina Amorim para os empreendedores aproveitarem o período carnavalesco sem festas e aglomeraçoões está a parceria com restaurantes para a realização de um Festival Gastronômico do Carnaval, no qual cada prato e drinque pode ter o nome de uma escola de samba, agremiação ou bloco carnavalesco. “Inclusive, o prato do Festival seria vendido com a imagem do carnaval que se quer destacar”, acrescentou.

Outra sugestão envolve a parceria com empresas de entretenimento digital com o objetivo de criar jogos com a temática do carnaval. “Mais uma ideia seria fazer uma parceria com os produtores de cinema para lançar filmes e telenovelas, em 2021, com o simbolismo e a história do carnaval ou a história das comunidades que efetivamente se dedicam ao espetáculo carnavalesco.

Também é possível buscar patrocínio para realizar podcasts com grandes músicos brasileiros e carnavalescos, para falar de suas trajetórias no carnaval. Outra possibilidade, ainda, seria realizar uma Feira de Negócios do Carnaval, 100% digital, ou buscar patrocinadores que invistam em uma plataforma digital do carnaval, com a venda de cenários, moda carnavalesca, fantasias, adereços e as máscaras carnavalescas, que são um dos símbolos do carnaval, agora, mais do que nunca, com o propósito de proteger contra a Covid-19. Sempre é possível fazer do carnaval uma fonte de novas riquezas”, finalizou.

Agência Sebrae

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