A Dívida Pública Federal (DPF) – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – teve aumento de 1,51%, passando de R$ 3,582 trilhões trilhões em fevereiro para R$ 3,636 trilhões em março, de acordo com o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, divulgado hoje (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.
Esse aumento da dívida, de acordo com o Tesouro, ocorreu por conta da emissão líquida de títulos, no valor de R$ 23,95 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 30,23 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) – que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais – teve o estoque ampliado em 1,47%, ao passar de R$ 3,456 trilhões para R$ 3,507 trilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 24,11 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 26,76 bilhões.
O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), captada do mercado internacional, teve aumento de 2,64% sobre o estoque apurado em fevereiro, encerrando o mês de março em R$ 128,91 bilhões (US$ 38,78 bilhões), sendo R$ 115,89 bilhões (US$ 34,87 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 13,02 bilhões (US$ 3,92 bilhões), à dívida contratual.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões.
Variação do endividamento
A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta.
Além disso, pode ocorrer assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.
Em março, os maiores detentores da dívida pública eram Fundos de Investimento, com 29,21% da dívida. Os fundos de Previdência ficaram em segundo lugar, com uma participação relativa de 22,80%. O grupo Previdência apresentou variação negativa em seu estoque, passando de R$ 844,44 bilhões para R$ 799,66 bilhões, de fevereiro para março.
Em seguida, aparecem as instituições financeiras com 22,39%, grupo que elevou o estoque em R$ 26 bilhões, chegando a R$ 785,23 bilhões. Os investidores estrangeiros concentraram 11,84% da dívida; o governo, 4,38%; as seguradoras, 3,85% e outros, 5,53%.
Fonte: Agência Brasil