Em razão de uma greve de trabalhadores ocorrida em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, reivindicando jornada de 8 horas diárias, o dia 1o de maio foi escolhido como Dia do Trabalhador em diversos países do mundo. Uma data, portanto, que é sinônimo de luta. Porém, hoje, com a pandemia do Covid-19 afetando a economia, essa luta deixa de ser entre trabalho e capital, passando a ser da união desses contra os efeitos nefastos do Coronavírus no organismo social. É o que analisa o advogado trabalhista do Rio Grande do Norte, Rodrigo Menezes.
Segundo ele, a manutenção das empresas e dos empregos é o grande desafio colocado atualmente. "Só há a dignidade da pessoa humana, se houver empregos, e, para isso, deve-se ter um olhar mais atento para os que criam os postos de trabalho e recolhem impostos", reflete.
Menezes frisa, ainda, que não há dúvidas de que as relações de trabalho sofrem profundas mudanças com o aumento do uso de tecnologias e de trabalho em Home Office, do advento de diversas novas normas laborais num curto espaço de tempo, além de maiores cuidados com o meio ambiente de trabalho saudável, etc. "Definitivamente são novos tempos!", atesta.
Para Rodrigo Menezes, os impactos são profundos e a cooperação entre Estado, empresas, empregados é fundamental para o enfrentamento da crise. "O princípio da preservação da empresa, cujo berço é constitucional, merece mais do que nunca ser aplicado. Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. A premissa dessa frase, de autoria desconhecida, é mais do que verdadeira. Nos adaptemos todos para vencer essa pandemia", conclama.
Por fim, o advogado trabalhista recomenda que todos sigam neste enfrentamento ao coronavirus com altivez, mas sem esquecer do próximo. "Façamos isso na esperança de que passaremos por tudo isso o mais rápido possível!", conclui.