Livia Lorenzi e Gabriel, em Punta Del Este / Uruguai
Crédito: Divulgação

Destinos internacionais menos afetados pelo Covid19 voltam a ser pesquisados para viagens

 

Representado 8% do PIB (Produto Interno Bruto) e mais de 7 milhões de empregos diretos e indiretos no país, o setor de Turismo foi um dos segmentos que mais teve prejuízo com a Pandemia do novo Covid19. Por esse motivo, muitos países se viram obrigados a fechar as suas portas para os turistas até a situação global se tranquilizar.

Dessa forma, milhares de viagens programadas para esse ano, junto com todos os eventos, foram canceladas sem uma data prevista para serem remarcadas. “Apesar da incerteza sobre o futuro, muitas pessoas optaram por reagendar suas viagens ao invés de cancelá-las”, afirma Gabriel Lorenzi, criador do Grupo Dicas – rede de 35 blogs sobre diferentes destinos do Brasil e do mundo.

Segundo levantamento feito pela empresa, é perceptível que no último mês as pessoas recomeçaram a fazer suas pesquisas sobre os melhores destinos para realizar suas próximas viagens e os países mais procurados são os que estão à frente da pandemia, lugares que souberam contornar a situação e foram menos afetados pelo vírus ou que já estão em plena fase de retomada.

De acordo com Gabriel Lorenzi, as páginas que tiveram mais acessos são justamente sobre países onde os visitantes estarão mais seguros para visitar no pós-pandemia. Em maio, os blogs Dicas de Paris e Dicas de Londres tiveram um crescimento de 31%, Dicas do Uruguai 30%, Dicas de Lisboa 22%, Dicas de Berlim 19% e Dicas do Canadá 17%.

“Quatro desses países são destinos que pertencem ao continente Europeu, que já está se recuperando no geral, exceto a Itália, provavelmente por ter sido a mais afetada e prejudicada pela pandemia. Entre os destinos que pertencem à América do Sul, o único que teve um crescimento foi o Uruguai, que se tornou um país exemplo contra o Covid19”, comenta Lorenzi.

Um destino que não teve crescimento foi o Dicas do Brasil, blog que conta com os principais destinos nacionais. “Infelizmente, os turistas ainda vão demorar para voltar a querer viajar pelo Brasil, visto o aumento dos números de pessoas contaminadas”, fala Lorenzi.

Mas, mesmo que os números de acessos aos blogs tenham crescido, as pessoas ainda não estão confiantes em fazer nenhuma nova compra, já que a rede constatou que não possuiu um volume expressivo de pesquisas de compra de viagens. “Percebo que o público voltou a sonhar, mas com os pés no chão. Procuram por países pouco abalados ou que já estão em recuperação, mas ainda não têm coragem de dar o próximo passo. Mas isso é um ponto positivo, já que em março e abril as buscas foram muito baixas, quase inexistentes, completa Gabriel Lorenzi.

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