Desburocratizar o ambiente de negócios da cidade e incentivar o empreendedorismo é a saída para desenvolver o município e gerar emprego e renda?
Sim. Para isso, estamos criando o PROSIGA - Programa de Incentivo ao Investimento em São Gonçalo do Amarante. Seremos a primeira cidade do RN a ter um pacote de incentivos que inclui a concessão de terreno, redução de impostos, diminuição da burocracia e agilidade nos processos, como é o exemplo do alvará eletrônico, emitido por aplicativo. Isso tudo para dar segurança jurídica e melhorar o ambiente de negócios para os empreendedores, tornando São Gonçalo do Amarante uma cidade moderna e atrativa, um verdadeiro pólo de oportunidades para investidores, gerando emprego e renda para a população.
Quantos empregos foram gerados, desde que o município passou a estimular e incentivar o empreendedorismo?
Estimamos algo como 15 mil empregos. Um exemplo: a empresa francesa Teleperformance, de call center, que foi atraída por nossos incentivos, como a diminuição de 60% do imposto sobre serviços, a presença de infraestrutura de fibra ótica para internet de alta velocidade. Só ela gera hoje 3.200 empregos e há previsão de expansão em breve para mais 2.000 vagas.
Que ações a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante tem feito para ganhar o título de 'Cidade Empreendedora' e melhorar o ambiente de negócios no município?
Planejamento com foco na competitividade do município e na melhoria do ambiente de negócio. Diálogo permanente com os agentes econômicos para aliar a necessidade de atraí-los com o cumprimento das regras tributárias e ambientais. E aposta na inovação com experiência em tecnologias disruptivas dentro do conceito de cidades inteligentes. Por fim, o mais importante: investimento em infraestrutura viária, água, saneamento, energia e esforço permanente na qualificação profissional com a presença do ensino de qualidade que vai do infantil à universidade com o IFRN e o polo universitário, formação técnica e de línguas estrangeiras, inclusive o chinês.
Quais os efeitos positivos já alcançados?
São Gonçalo é a cidade que mais cresce no estado. Estamos nos transformando na porta de entrada da região metropolitana de Natal. Tanto pelo Aeroporto, como pelas mudanças estruturais que estamos vivendo. Estamos deixando de ser cidade dormitório da capital para nos tornar um polo de negócios. Caminhamos a passos firmes para uma mudança de perfil sociodemográfico com novos vetores de desenvolvimento, para além das vocações naturais, como a do turismo religioso, com o Santuário dos Mártires de Uruaçu, a gastronomia, as artes e a cultura.
A chegada do aeroporto contribuiu para aproximar a Prefeitura de investidores e empreendedores?
Certamente. O aeroporto é o projeto que mais impactou nosso desenvolvimento. O desafio agora é fazer com que ele chegue ao estágio previsto na sua concepção, de um hub logístico de relevância internacional. Estamos trabalhando pra isso, em parceria com o Governo do Estado, com a implementação de infraestutura viária, como a Estrada da Produção, que está pra ser licitada com recursos do Banco Mundial, e a possível implementação de um REDEX, recinto especial aduaneiro que é uma espécie de porto seco para exportações.
O que a Prefeitura tem feito ou planeja fazer para amenizar o problema da segurança na região do aeroporto?
Temos cobrado às autoridades estaduais uma maior atenção a esse problema que é sério e intolerável. Que, aliás, pode afetar a imagem do nosso município, tanto no turismo quanto na atração de investimento. Sabemos que a violência é um problema generalizado, que está em todo o país e que, no caso de São Gonçalo, há um foco de ocorrências localizado nos bairros conurbados com Natal, áreas consideradas como expansão urbana da capital. A prefeitura tem tomado medidas como a implementação de uma guarda municipal bem equipada e cada vez mais presente, sistemas com câmeras espalhadas por toda cidade e central de monitoramento 24 horas além de iniciativas como o programa 'Luz pela Paz' que está levando iluminação de LED para 100% da cidade, a primeira do RN a fazer isso. Também, como ações educativas, desportivas e culturais para os jovens, ocupando espaço com presença do poder público nas comunidades.
A Smart City é o primeiro grande investimento realizado no município, desde que a Prefeitura resolveu lutar pelo reconhecimento de 'Cidade Empreendedora'?
Sim. Temos orgulho de sediar o primeiro condomínio, que na verdade é um novo bairro inteiro, com o conceito Smart City do estado, e o segundo do país. Acho que vale a pena todos conhecerem esse novo conceito que vai mudar a forma como moramos e vivemos em comunidade. Creio que nossos esforços em levar nossa cidade para esse conceito em outras áreas contribuiu para que esse grupo de investidores italianos e locais escolhessem a São Gonçalo do Amarante.
Qual a definição de empreendedorismo, em sua opinião?
Empreendedorismo é o ato de unir competências, capacidade, meios e apostar em uma iniciativa que leve ao crescimento assumindo os riscos e logrando os êxitos em consequência.
Que mensagem o senhor deixa para quem deseja empreender em São Gonçalo?
Vou deixar um conselho importante: descubra São Gonçalo do Amarante. Chegue antes que o seu concorrente. Você vai se surpreender. Teremos grande prazer em lhe receber.