Não há dúvidas de que vivemos uma nova era das finanças globais. Do PIX aos NFTs, a tecnologia domina cada vez mais nossa relação com o dinheiro.
As criptomoedas também são protagonistas: já é possível, por exemplo, comprar carros da Tesla utilizando bitcoins.
Há potencial para que sua adoção cresça muito mais, e não apenas como um meio de pagamento. Mas é preciso resolver alguns desafios no caminho, como os impactos ao meio ambiente.
Os rumos da economia digital foram tema de uma live promovida por Época NEGÓCIOS nesta quinta-feira (25).
Gustavo Chamati, sócio-fundador do Mercado Bitcoin, Ricardo Heidel, diretor-executivo de Estratégia e Consultoria da Accenture e Fábio Moraes, head da Blockchain Academy, discutiram o futuro do dinheiro e o potencial para o blockchain nos negócios.
O evento teve mediação de Daniela Frabasile, editora-assistente de Época NEGÓCIOS.
Ouro Digital
A vocação do bitcoin no mercado financeiro foi um dos temas debatidos. A criptomoeda vem ganhando destaque, com a aposta de empresários como Elon Musk, CEO da Tesla.
Um relatório do Citi também levantou a possibilidade de ele se tornar a moeda do comércio global. Mas há quem argumente que outras criptomoedas podem ocupar (ou dividir) esse posto de moeda de troca com mais eficiência.
O bitcoin mantém seu protagonismo, mas como uma classe de ativo – uma espécie de ouro digital.
“O bitcoin tem se consolidado e tem futuro na função de classe de ativo. Temos outras criptomoedas mais eficientes, mas menos conhecidas, para desempenhar a função de meio de pagamento”, aponta Gustavo Chamati, sócio-fundador do Mercado Bitcoin.
A falta de escalabilidade na autenticação das transações por bitcoin é uma das barreiras – com essa criptomoeda, as transações não acontecem instantaneamente, por exemplo.
“O bitcoin vem se consolidando com avanços regulatórios, mas daqui para frente veremos outras possibilidades”, diz, citando como exemplo a criptomoeda Ethereum.
Por ANA LAURA STACHEWSKI para a ÉPOCA NEGÓCIOS