Crédito: Demis Roussos

Construção civil potiguar mantém otimismo, apesar da queda na atividade

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, apontou queda na atividade do setor no Rio Grande do Norte em agosto, após registrar crescimento em setembro. Acompanhando a retração da atividade, o número de empregados também caiu. O nível de atividade foi considerado, pela maioria dos empresários, como abaixo do padrão usual para o mês, embora este tenha sido o patamar mais elevado desde dezembro de 2014. O nível médio de utilização da capacidade operacional (UCO), por sua vez, caiu 1 ponto percentual na comparação mensal, alcançando 42% em agosto (contra 43% do levantamento de julho). Com esse resultado, a ociosidade do setor permanece elevada e a UCO segue abaixo de sua média, de 50%. O indicador está 2 pontos percentuais aquém do valor observado em agosto de 2019 (44%).

Apesar do recuo na atividade, as perspectivas dos empresários quanto aos próximos meses são otimistas em relação aos principais indicadores pesquisados, sugerindo que a recuperação do setor deve ter continuidade. Ou seja, em setembro de 2020, os índices de expectativas em relação aos próximos seis meses revelados pelos indicadores de nível de atividade, das compras de insumos e da contratação de novos empreendimentos cresceram na comparação mensal, atingindo 54,5, 52,5 e 52,9 pontos, respectivamente.

No entanto, o indicador de número de empregados alcançou 48,8 pontos, abaixo, portanto, da marca dos 50 pontos, revelando que os empresários esperam queda nos próximos seis meses, ainda que moderada. Por sua vez, a intenção de investimento voltou a subir – aumento de 0,4 ponto na comparação com agosto (33,3 pontos) e de 2,9 pontos em relação a setembro de 2019 (30,8 pontos). Com isso, o índice registrou o valor mais alto para um mês de setembro desde 2014, quando o indicador atingiu 44,0 pontos.

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 23/09 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, o nível de atividade apontou aumento e a utilização da capacidade de operação (UCO) ao subir de 58% para 60%, voltou a situar-se no patamar registrado no pré-pandemia; e os empresário se mostram otimistas com relação ao número de empregados nos próximos seis meses.

As informações, análise, tabelas e gráficos detalhados sobre a Sondagem Indústria da Construção de agosto estão no link abaixo:

https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Sondagem-Industria-da-const_ago2020.pdf

*Com informações da FIERN

  Revista Negócios
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