A construção civil em Portugal precisa de mão de obra. Segundo o Sindicato da Construção naquele país, o setor precisa de, pelo menos, 80 mil trabalhadores qualificados para ocupar estes cargos. Confirmando este número, o empreiteiro Márcio Inverneiro ressalta que há muitas vagas em aberto para várias áreas, “principalmente carpinteiros, eletricistas, encarregados e ferrageiros”.
Sobre o mercado da construção civil, Márcio explica que o Plano de Recuperação e Resiliência, criado pelo governo daquele país, deve destinar “em torno de 34% do seu total para investimentos em construção. O que sinaliza que será mais do que necessário ter mão de obra qualificada para atuar nesses serviços. Além disso, a formação daquela pessoa será determinante para que ela encontre a vaga ideal”.
Além disso, o empreiteiro lembra que muitos portugueses deixaram o país para buscar oportunidades profissionais em nações como o Reino Unido, França, Alemanha e Luxemburgo. Para trazê-los de volta, ele acredita que o governo deveria adequar os salários dessa categoria à realidade da União Europeia. “Tem aqueles trabalhadores que seguem para outros países na segunda-feira e voltam para casa ao final da semana e que ganham um salário superior a 2.400 euros, algo que não é pago aqui”, lamenta.
Enquanto isso, imigrantes de ex-colônias portuguesas saem da África e ocupam estes cargos. “Para encontrarem melhores condições, eles deixam seus países e ocupam essas vagas que estão em aberto por aqui. Enquanto isso os portugueses acabam deixando de lado”, completa Márcio.