O Índice de Confiança de Serviços teve queda de 0,2 ponto em agosto, variação considerada "estabilidade" pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou hoje (30) a pesquisa. A variação numérica negativa interrompe uma sequência de cinco altas consecutivas e reflete uma percepção de desaceleração da demanda atual.
A sondagem ouviu 1.548 empresas, entre os dias 1 e 26 de agosto, e mostra que a avaliação da situação atual e das expectativas para o futuro se moveram em direções diferentes com pequena intensidade.
A percepção da situação atual piorou de 100,8 para 100,1 pontos em agosto, mantendo-se acima dos 100 pontos, patamar considerado neutro na escala da pesquisa. Valores abaixo dessa linha são qualificados como negativos.
As expectativas, por outro lado, variaram de 100,9 para 101,3 pontos, chegando ao maior valor desde outubro de 2021. Para o economista Rodolpho Tobler, do instituto, a desaceleração da inflação e o aumento dos recursos das famílias com aumento dos programas do governo podem estar influenciando na melhora das expectativas do segmento.
"Neste mês, apesar de uma avaliação favorável sobre a situação atual dos negócios, há uma percepção de desaceleração na demanda atual. Apesar disso, ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão da tendência positiva que vinha ocorrendo. Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador e com sinais de desaceleração, a redução da inflação e as medidas de estímulo feitas pelo governo parecem sustentar os resultados favoráveis até o momento."
Agência Brasil