O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 3,8 pontos de março para abril e atingiu 85 pontos. Foi a quarta queda consecutiva do indicador, que atingiu o menor nível desde julho de 2020 e retornou ao patamar pré-pandemia de covid-19.
O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários da construção no presente, recuou 3,5 pontos e chegou a 84,3 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a percepção dos empresários sobre o futuro, cedeu 4 pontos, indo para 86 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da construção subiu 5,3 pontos percentuais indo para 77,1%.
A pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo disse que o cenário do setor vem piorando desde outubro, refletindo a preocupação com a escassez e, principalmente, elevação dos custos.
"O problema persiste e não dá indicações de trégua, atingindo contratos em andamento e dificultando a precificação dos produtos. O elemento novo em abril foi o aumento expressivo das assinalações no quesito demanda insuficiente como limitador à melhoria dos negócios das empresas, provavelmente decorrente do fechamento dos estandes de vendas em algumas cidades. Ou seja, a combinação preços de insumos mais elevados e o agravamento da pandemia trouxeram novamente momentos difíceis para as empresas”, disse Ana Maria Castelo.
Construção tem inflação de 0,95% em abril
O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) registrou inflação de 0,95% em abril, percentual menor que o de março (2%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), com o resultado, o índice acumula 5,03% no ano e 12,82%, em 12 meses.
A queda da inflação de março para abril foi observada nos materiais e equipamentos, serviços e mão de obra. Os materiais e equipamentos, por exemplo, tiveram variação de preços de 2,17% em abril, abaixo dos 4,44% de março.
Os serviços passaram de 0,69% em março para 0,52% em abril. Já a mão de obra recuou de 0,28% para 0,01% no período.
O INCC-M é calculado com base em preços coletados em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
Agência Brasil