Depois de anos nebulosos, o Rio Grande do Norte dá sinais de que pode retomar a exploração de petróleo e gás onshore (em terra) no Estado. As concessões empreendidas pelo Governo Federal para a iniciativa privada abrem novas trincheiras. Renovado este ano com o lema ‘Virada do Onshore’, o Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (REATE), criado em 2017, é o responsável pela mudança no cenário. A expectativa é para a produção de 500 mil barris/dia até 2030.
O RN chegou a ser o maior produtor do Brasil em terra, alcançando mais de 100 mil barris/dia. Atualmente, essa produção não chega à metade, com aproximadamente 40 mil barris. “Com as políticas de incentivo nossa produção poderá dobrar nos próximos cinco anos, garantindo a retomada da economia do estado a partir da indústria petrolífera”, destaca Gutemberg Dias, presidente da Redepetro RN e professor do Departamento de Geografia da UERN.
Os investimentos anunciados pelos operadores privados para exploração e produção onshore no RN gira em torno de US$ 234,7 milhões. Aqui não estão contabilizados os investimentos já consolidados pela Petrobras e outras empresas para os campos que estão em operação. O polo Riacho da Forquilha foi comprado por US$ 384 milhões com perspectivas da Potiguar E&P investir mais US$ 150 milhões nos próximos cinco anos. A perspectiva é de dobrar a produção. Já a 3R Petroleum investiu US$ 191,1 milhões para a compra do polo Macau e deve fazer investimentos na ordem de US$ 80 milhões para, também, dobrar a sua produção.
“O cenário para o Rio Grande do Norte é promissor e, sobretudo, para a cadeia de fornecimento que sofreu bastante nos últimos quatro anos. Para esse setor é a garantia de geração de novos negócios e, consequentemente, retomada do processo de contratação de pessoal especializado e reaquecimento da economia de um modo geral”, avalia Gutemberg.