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Competências da educação empreendedora são vantagens para jovens no mercado de trabalho

 

As exigências do mercado de trabalho estão em constante mudança, com novas profissões surgindo à medida que o conhecimento e tecnologia evoluem. A velocidade dessas transformações é tamanha que, um estudo de 2018 chamado Projetando 2030: uma visão dividida do futuro, apontou que 85% das profissões de 2030 ainda não existiam na época do estudo. Diante dessa imprevisbilidade, a educação empreendedora ainda é a melhor forma para preparar os jovens para atender a essas novas necessidades.

O gerente de cultura empreendedora do Sebrae, Gustavo Cezário, explica que a formação de jovens empreendedores vai muito além de prepará-los para as questões práticas e burocráticas de como abrir ou gerir seu próprio negócio. "O que esperamos ao trazer empreendedorismo para dentro da sala de aula é que os estudantes aprendam a trabalhar uma visão de futuro”, afirma. Segundo Cezário, já que as informações e o conhecimento estão sempre sendo atualizados e à disposição de todos, o grande desafio é trabalhar competências socioemocionais, como colaboração, consciencia ambiental, resiliência, iniciativa, empatia, trabalho em equipe, etc.

Por isso, de acordo com o gerente, o grande objetivo do Sebrae é tornar a educação empreendedora acessível para todos estudantes brasileiros. Desde 2013, o Sebrae desenvolve o Plano Nacional de Educação Empreendedora, que já alcançou 4,5 milhões de estudantes e 165 mil professores em 9 mil instituições de ensino formal por todo o país. "Nossa expectativa é ampliar a conexão da juventude na escola e também estimular a geração de empregos e de oportunidades por meio do empreendedorismo”, revela.

Isabelly Cristina Alves, de 17 anos, e Silmara Pereira da Silva, de 18, são bons exemplos de como uma educação empreendedora pode trazer muitos benefícios. Elas acabaram de concluir o ensino técnico em secretariado pelo Instituto Federal de Brasília e se sobressaíram. "Algumas matérias do nosso curso traziam questões sobre empreendedorismo”, explica Isabelly. Ela conta que, junto com Silmara e outros 16 colegas, criaram uma miniempresa, chamada Thermobag. A proposta era confeccionar bolsas térmicas a partir de banners antigos utilizados em eventos na escola.

Silmara revela que, inicialmente, entrou no projeto apenas para cumprir com suas horas de estágio, mas se surpreendeu com a oportunidade. “Quando começamos a trabalhar, eu me apaixonei, foi uma experiência reveladora, que abriu meus olhos para muitas coisas”, diz. Para ela, os benefícios do empreendedorismo desde a escola são muitos. “O jovem adquire uma postura de liderança, aprende a trabalhar em equipe e a resolver seus problemas”, e continua: “essa experiência mudou muito nossa vida". Com Isabelly no cargo de diretora de produção e Silmara responsável pela diretoria de finanças, o projeto foi vencedor na categoria de Destaque no Prêmio Miniempresa Brasil, em 2019.

Agência Sebrae

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