Instituto Metrópole Digital conta com uma incubadora de Startups, em Natal
Crédito: Demis Roussos

Cabras da tech: Novos pólos de inovação surgem no Nordeste e dão força a ecossistemas de startups

 

Em matéria escrita para o The Funnel, Dubes Sônego "desenhou" o panorama das startups na região Nordeste do Brasil. O Nordeste já conta com cerca de 600 startups em seus nove estados. Algumas receberam aportes estrangeiros e existe a expectativa de que surjam, este ano, novos unicórnios nordestinos — o primeiro foi a Arco Educação, de Fortaleza, que abriu capital na Nasdaq, em 2018. Grandes empresas locais começam a investir em programas de inovação aberta, a fazer aportes em startups e a adotar uma cultura mais tolerante a riscos. Em paralelo, o poder público em alguns dos Estados se movimenta para fomentar negócios inovadores, diz a matéria, que cita os destaques em cada Estado da região. Veja o que foi escrito sobre o Rio Grande do Norte:

Um dos destaques do ecossistema de inovação do Rio Grande do Norte são suas comunidades de startups. Há pelo menos três ativas, com diferentes graus de maturidade: Jerimum Valley (Natal), Salt Valley (Mossoró) e Potiguar Valley (Currais Novos e Caicó).

A Jerimum Valley, de Natal, por exemplo, surgiu em 2012, por iniciativa de startups fundadas depois de missões organizadas pelo Sebrae para o Vale do Silício. Inicialmente, era formada por doze empreendedores, conta Monnaliza Medeiros, atual líder do movimento. Hoje, tem cerca de 900 membros, 400 startups (a maioria não computada pela ABStartus) e várias parcerias com instituições locais e nacionais, como o Sebrae. No ano passado, ficou entre as três principais comunidades revelação no Startup Awards, anunciado no Case 2019.

A maior parte das startups potiguares ainda são pequenas, sem receita. Mas já há vários casos de startups com visibilidade nacional, com participação em programa como o Shark Tank, e outras em fase de ganho de escala, como RoboEduc, Bee Delivery, Esig e Autoforce. Bem menos enraizado, porém, é o interesse do empresariado local e do poder público pelo tema inovação. “A mentalidade ainda é a do empresário antigo, não do empreendedor”, diz Israel Sousa da Silva, líder do Salt Valley.

Entre as empresas que ensaiam romper a barreira cultural estão as três selecionadas para o programa Conecta Startup Brasil, promovido pela Softex, ligada ao governo federal. No programa, Água Mineral Cristalina, Massa Finna e Interjato vão expor dificuldades a startups também selecionadas e receberão propostas de soluções para os problemas apresentados.

Outra ação recente para atrair empresas e investimentos em inovação foi a criação do Parque Tecnológico Metrópole Digital, em 2017, no entorno da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A iniciativa conta com apoio do Sebrae e da prefeitura de Natal, e garante às empresas incentivos como redução do valor do ISS e a proximidade como a academia. “Nosso desafio é criar um ecossistema atrativo o suficiente para que empresas nascidas aqui mantenham ao menos parte da operação no Estado”, afirma Monnaliza.

Mais informações:

https://medium.com/the-funnel/cabras-da-tech-87ac891489b3

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