Crise. Uma palavra que fez parte do cotidiano brasileiro nos últimos três anos, seja no campo político ou econômico. Mas, o cenário está mudando, pelo menos, na economia – a política ainda agoniza e vive de incertezas. Depois de conviver com inflação elevada, alta do dólar, consumo em queda e impasses políticos, o empreendedor começa a respirar mais aliviado. Especialistas e os próprios empresários apostam num 2018 promissor, de retomada. Diante deste quadro, o portalnegocios foi tentar entender o que aconteceu e o que estar por vir e acabou encontrando uma história de ‘lições de crises’, publicada pela revista Pequena Empresas Grandes Negócios, da editora Globo. Nela, a repórter Mariana Iwakura conta a história de cinco crises que abalaram o país - nenhuma supera esta última. Segue, portanto, um breve histórico de períodos turbulentos da economia brasileira nos últimos 25 anos:

1990 – 1993
A era da remarcação
Neste período, uma inflação fora de controle obrigava os empreendedores a reajustar valores com frequência – muitas vezes, diariamente. Para sobreviver, era preciso manter um controle rígido sobre custos e receitas.
Aprendizados: fluxo de caixa, composição de preço e poder de compra.

1994 – 1998
Estabilidade temporária
O Plano Real conseguiu, finalmente, controlar a inflação. Mas a nova fase trouxe outros desafios para os empreendedores: lidar com o poder da escolha dos consumidores, enfrentando a concorrências dos importados.
Aprendizados: indústria esperta, regras de atração e gestão financeira.

1999 – 2002
A volta da incerteza
Neste período, crises internacionais trouxeram à tona o medo da inflação e provocaram o aumento dos juros. Os empreendedores enfrentaram ainda os cortes na energia elétrica, que os forçou a reduzir a produção.
Aprendizados: autonomia, energia eficiente e cortes nas margens.

2003 – 2010
O fenômeno da inclusão
Neste período, o crescimento da renda da população e a inflação sob controle aumentaram o mercado consumidor – e incentivaram os empreendedores. Mas a situação começaria a mudar no final da década. Foi o período de inclusão da nova classe média.
Aprendizado: expansão interna, internacionalização e visão de longo prazo.

2011 – 2016
A difícil travessia
Neste período, mais recente, a situação econômica se deteriorou, com alta dos juros e do dólar, avanço da inflação e queda do consumo. Para sobreviver, a ordem era organizar a empresa e cortas custos.
Aprendizados: longe dos credores, pessoas preservadas e agilidade na inovação.

FONTE: revista PEGN