Bagunça política, corrupção, economia em frangalhos, sem perspectiva, e aumento da criminalidade são fatores negativos mais do que suficientes para que o brasileiro superqualificado queria deixar o país. Um levantamento global realizado no primeiro trimestre deste ano pela Boston Consulting Group (BCG) e divulgado pelo jornal VALOR nesta quinta-feira (19) aponta que 75% dos 1.358 entrevistados no Brasil disseram que gostariam de trabalhar em outro lugar.
Os números são bem maiores se confrontados com a tendência global, também apresentada pelo jornal. O estudo incluiu, ao todo, 366 mil profissionais, de 197 países. No geral, 57% demonstraram interesse em trocar depaíses para trabalhar. "Foi uma queda de 7 pontos percentuais em relação ao mesmo estudo realizado em 2014", disse ao VALOR, Manuel Luiz, sócio e diretor executivo da BCG.
Em 2014, ainda segundo o executivo, o estudo apontava 63% dos brasileiros querendo deixar o país para trabalhar em outro. "Existem (além da questão da lenta recuperação econômica) também abusca por posições em algumas áreas ns quais o país não oferece muitas opções, como as relacionadas a novas tecnologias que incluem inteligência artificial, 'machine learning', robótica e automação", apontou.
O estudo mostra ainda que 90% dos indianos superqualificados pretendem trabalhar em outro país e os Estados Unidos,apesar dasmedidas restritivas do presidente Donald Trump, continua sendo o destino mais popular. Alemanha, Canadá e Austrália também se destacam na preferências destes profissionais pesquisados.
Dos total de brasileiros entrevistados (1.358), 76% tinham menos de 30 anos de idade e 82% possuíam um alto nível de educação, como mestrado, PhD, doutorado ou qualificação semelhante.
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