Em entrevista aos repórteres Aline Bronzati e Altamiro Silva, do Estadão Conteúdo, o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon, revelou que o Brasil pode atrair até US$ 180 bilhões (R$ 684 bilhõe, aproximadamente), em 2019. "O investidor estrangeiro está esperando a comunicação do novo governo sobre as reformas", disse Marcelo, referindo-se, principalmente, à Reforma da Previdência. Só esta reforma, segundo ele, pode gerar um efeito positivo, atraindo  atá US$ 100 bilhões no próximo ano para a Bolsa de Valores e mais US$ 80 bilhões de investimento externo direto. 

O alinhamento do Governo Bolsonaro com as reformas deixa-o otimista com as perspectivas do país já no ano vindouro. "Quanto mais cedo e mais profundas forem as reformas, maior será o nível de confiança e a atração de investimento, seja do local ou do estrangeiro. O nível de confiança das empresas tem aumentado", disse o presidente do Citi na entrevista reproduzida pelo Portal EXAME.com. 

Especificamente sobre a Reforma da Previdência, ele apresentou alguns cenários: "uma reforma rápida e profunda, que seria o melhor dos mundos, e uma reforma em etapas ao longo do ano. Se houver clara comunicação da profundidade da reforma, de como será executada e de seu “timing”, a execução não precisa ser de uma única forma. Se for em etapas, desde que seja comunicada, não seria tão problemático. A reforma tributária, a política e a manutenção do teto de gastos também são igualmente importantes. Nosso cenário base é uma aprovação da Previdência em etapas".

O Citi é o segundo maior banco estrangeiro do país, atrás apenas do Santander Brasil. Com R$ 74 bilhões em ativos, o banco vendeu para o Itaú, em 2017, a operação de varejo, voltada para pessoas físicas. Hoje, o Citi atende apenas empresas e clientes donos de grandes fortunas.

Fonte: exame.com