O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse nesta sexta-feira (13) que as fintechs (startups de tecnologia que atuam no setor financeiro) não sofrerão grande regulação da autoridade bancária. Ele informou que o assunto será debatido em audiência pública neste mês.
“Não pretendemos regular em demasia, apenas regular no momento em que o sistema nos pede para fazer isso”, disse Goldfajn, que participou, em São Paulo, da conferência Risco Moral x Risco Sistêmico: O Desafio da Garantia de Depósitos, promovida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Segundo Goldfajn, um grande número de fintechs está entrando no sistema. “É um mercado extremamente vivo”, destacou.
O presidente do Banco Central destacou que as inovações permitem maior competição no sistema, além do surgimento de soluções adequadas às demandas atuais dos clientes e de novos modelos de negócio, com redução de custos. “Temos adotado uma postura de deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário”, acrescentou.
Ao falar sobre o tema da conferência, o Fundo Garantidor de Créditos, Goldfajn disse que a entidade contribui para o aumento da competitividade no sistema bancário. “Além da função principal de contribuir para a estabilidade do sistema financeiro nacional, devemos considerar também que o FGC contribui para o aumento da competitividade, ao oferecer tratamento isonômico para os depósitos segurados pela entidade.”
Segundo o Banco Central, o FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência.
Fonte: Agência Brasil