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Barômetros Globais sobem de forma expressiva pelo 3º mês seguido

 

Os Barômetros Globais da Economia sobem em maio de forma expressiva pelo terceiro mês seguido, sinalizando aceleração do nível de atividade global ao longo do primeiro semestre de 2021. Todas as regiões pesquisadas registram melhora tanto na perspectiva corrente quanto nas expectativas em relação ao futuro. A análise é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) no documento Barômetro Global Coincidente, divulgado nesta segunda-feira (10).

Os barômetros econômicos globais são um sistema de indicadores que permite analisar o desenvolvimento econômico global, sendo, ainda, uma colaboração do Instituto Econômico Suíço KOF, da ETH Zurique, na Suíça, e da FGV.

Enquanto o Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, o Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Esses indicadores se baseiam nos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. A intenção é ter a cobertura global mais ampla possível.

O Barômetro Global Coincidente sobe 17,9 pontos em maio, de 117,2 pontos para 135,1 pontos, maior nível da série histórica desde 1991. O Barômetro Global Antecedente sobe 14 pontos, para 141,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2010.

“A combinação dos programas de estímulos econômicos e imunização das populações, a despeito ainda de alguma heterogeneidade entre as regiões, já impacta positivamente mesmo setores mais prejudicados pela pandemia, em especial o setor de serviços. A mensagem dos barômetros aponta para uma retomada generalizada do nível de atividade ao longo do segundo semestre do ano”, avaliou, em nota, Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre/FGV.

Barômetro Coincidente

Todas as regiões contribuíram de forma positiva para o resultado agregado do Barômetro Coincidente em maio. A Europa é a região que mais contribui para a alta do indicador, com 6,5 pontos, seguida pelo Hemisfério Ocidental, com 6,1 pontos, e pela região da Ásia, Pacífico e África, com 5,3 pontos.

Na maioria dos países, a situação é hoje bem melhor que a observada 12 meses atrás, no auge da crise motivada pela pandemia de covid-19.

Todos os cinco setores da pesquisa contribuem de forma positiva para o resultado agregado do Barômetro Coincidente. “Chama atenção o avanço de 31,1 pontos do indicador coincidente do setor de serviços, o que mais sofreu com as medidas de restrição à circulação em diversos países. Todos os indicadores estão acima do nível de 117 pontos, com os setores de serviços e indústria e o indicador que mede a evolução das economias em nível agregado (economia) alcançando o maior nível da série iniciada em 1991”, diz o Ibre/FGV.

Barômetro Antecedente

O Barômetro Antecedente Global antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. Assim como ocorre no Barômetro Coincidente, em maio de 2021 os indicadores antecedentes das três regiões contribuem de forma positiva para a alta de 14 pontos do Barômetro Global Antecedente.

Neste mês, é o Hemisfério Ocidental a região que mais contribui para a alta, ao crescer 7,9 pontos, seguida da região da Ásia, Pacífico e África, com 3,8 pontos e da Europa, com 2,3 pontos.

Todos os indicadores antecedentes setoriais sobem em maio, influenciados pela continuidade das campanhas de vacinação no mundo e pelas melhores perspectivas de retorno da economia a uma situação de normalidade.

“Com os resultados, todos passam a registrar níveis superiores a 130 pontos, resultado que reflete grande otimismo em relação ao futuro próximo. Com a possibilidade de redução das restrições à circulação e mobilidade, o setor de serviços tornou-se o mais otimista e exibe um indicador de 150 pontos, o maior da série iniciada em 1991”, informou o Ibre/FGV.

Em maio, todos os setores contribuíram positivamente para o resultado agregado do Barômetro Antecedente. A maior alta, de 16,3 pontos, é a do indicador antecedente da indústria, seguida pela do setor de serviços, com 13,8 pontos.

Agência Brasil

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