Indicadores variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam aumento, e abaixo queda.
Crédito: Fiern

Atividade da Construção potiguar suaviza queda em dezembro, aponta Fiern

 

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, o índice do nível de atividade do setor atingiu 48,1 pontos em dezembro de 2022, mostrando queda em relação ao mês anterior – a terceira seguida -, embora menos intensa do que em novembro. Ressalte-se, contudo, que a perda de fôlego nos últimos meses do ano é uma tendência usual para o período no setor. É importante salientar, entretanto, que esse é o índice mais elevado o para um mês de dezembro de toda série histórica mensal iniciada em 2010 e está 4,8 pontos acima de sua média histórica (hoje em 43,3 pontos). Na mesma direção, o número de empregados também apontou retração (44,4 pontos). A Utilização da Capacidade Operacional (UCO), por sua vez, não variou, permanecendo em 43%. Porém, a UCO está dois pontos percentuais abaixo do valor registrado em dezembro de 2021 (45%), e cinco pontos percentuais aquém de sua média histórica (hoje em 48%).

No que se refere aos indicadores avaliados trimestralmente, os empresários mostraram-se mais insatisfeitos com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas no quarto trimestre de 2022. O acesso ao crédito permanece difícil, mas observa-se uma diminuição dessas dificuldades frente ao trimestre anterior. Já os preços médios dos insumos e matérias-primas continuam crescendo, porém de forma mais moderada que o observado durante a crise de fornecimento de insumos que sucedeu a pandemia de Covid19.

No quarto trimestre de 2022, com 46% das citações, a elevada carga tributária, as altas taxas de juros e a inadimplência dos clientes, dividem o primeiro lugar no ranking das maiores dificuldades enfrentadas pelos empresários da Indústria da Construção potiguar. A falta ou alto custo da matéria-prima aparece na segunda posição, mencionada por 36% das empresas. Em terceiro lugar, empatados com 27% das indicações, surgem a falta de financiamento de longo prazo e a demanda interna insuficiente.

Em janeiro de 2023, as expectativas dos empresários da Indústria da Construção potiguar para os próximos seis meses são otimistas no que diz respeito ao nível de atividade (51,9 pontos), à compra de matériasprimas (55,6 pontos) e ao número de empregados (51,9 pontos). Entretanto, preveem queda no lançamento de novos empreendimento e serviços (48,1 pontos). A intenção de investimento, por sua vez, subiu, alcançando 37,0 pontos: 5,5 pontos acima do índice de dezembro (31,5 pontos), 6,2 pontos sobre o valor registrado em janeiro de 2022 (30,8 pontos) e 3,8 pontos a mais que sua média histórica (hoje em 32,2 pontos).

Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 23/01 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que, na indústria nacional, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) diminuiu dois pontos percentuais em relação a novembro, passando para 65%. Apesar da queda, entretanto, a UCO encerra 2022 muito próxima do observado nos anos de 2012 a 2014, período positivo para a atividade do setor. Além disso, as expectativas dos empresários nacionais são pessimistas com relação ao nível de atividade, ao número de empregados e a compra de insumos e matérias-primas nos próximos seis meses. E a intenção de investimento também caiu, pelo quarto mês consecutivo.

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