A Ânima Educação, uma das principais organizações educacionais particulares de ensino superior do País, anuncia aquisição de todos os ativos brasileiros do grupo norte-americano Laureate. A partir de maio, a companhia passa a ser o 4º maior player de educação privada do País em número alunos e o 3º em receita líquida, com o portfólio de marcas mais valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. Com a integração, será formada uma comunidade de aprendizado de mais de 350 mil pessoas, composta por mais de 330 mil estudantes e 18 mil educadores, distribuídos em 16 instituições de ensino superior, além de oito (8) marcas que são referências em suas áreas de atuação e o Instituto Ânima. Com presença em 12 estados do Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste e quase 550 polos de ensino digital.
A negociação iniciada em novembro de 2020, foi aprovada pelo CADE, em 23 de abril. A transação no valor de R$ 4,6 bilhões envolve as marcas Universidade Anhembi Morumbi (UAM), a Business School São Paulo (BSP), em São Paulo; a Universidade Salvador (UNIFACS), na Bahia; a Universidade Potiguar (UnP), no Rio Grande do Norte; o Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) e o Centro Universitário FADERGS, no Rio Grande do Sul e o Centro Universitário IBMR, no Rio de Janeiro. Além disso, enquanto transcorrem os trâmites regulatórios com o grupo Ser Educacional, o Centro Universitário dos Guararapes (UniFG), a CEDEPE Business School, em Pernambuco e a Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), se mantêm no Ecossistema Ânima Educação. O acordo também inclui a venda da FMU, em São Paulo, para a Farallon Capital, no valor de R$500,00 milhões.
Para Marcelo Bueno, CEO da Ânima, a fusão está alinhada ao propósito da companhia de Transformar o Brasil pela Educação, oferecendo a todos um ensino de qualidade e acessível. “Trata-se da maior transação de ganho de valor da educação brasileira. Essa integração possibilitará uma oferta expressiva de ensino de qualidade, com uma combinação de portfólio para outros estados onde a educação é mais vulnerável. A fusão permite ainda um ganho de escala significativo, com presença geográfica altamente complementar e benefícios não só para os alunos, mas para toda a sociedade”.
A Ânima também se tornará um dos principais players na educação continuada na área médica. A companhia passa a contar com mais de 10,7 mil alunos e 1.720 vagas anuais, localizadas em cinco capitais e grandes cidades do Brasil. O segmento já estava na estratégia da companhia, que vem investindo no desenvolvimento e infraestrutura nos últimos anos. A empresa já possui a Inspirali, vertical de medicina, e, no ano passado, adquiriu a MedRoom, startup de realidade virtual para o auxílio no ensino de medicina e demais cursos da área da saúde.
Inovação também continuará sendo um dos principais pilares da empresa. Em 2021, a Ânima prevê investir cerca de R$100,00 milhões, que contribuirão para a continuidade da jornada de transformação, aprimoramento das metodologias e ferramentas da educação híbrida, além da expansão da estratégia EAD da Laureate e aceleração de projetos digitais.
Outro fator relevante é o histórico da Ânima em adquirir instituições e melhorar a qualidade do ensino. Os resultados publicados em abril pelo INEP/MEC, referente ao IGC (Índice Geral de Cursos) do ano de 2019, constatam que 80% dos alunos da companhia estão matriculados em instituições classificadas com notas 4 e 5, desempenho bem superior ao conjunto das demais empresas privadas, listas e não listadas, e acima também das instituições públicas.
De acordo com Bueno, essa fusão abrirá possibilidade de outras sinergias que ampliarão o leque para o setor da educação, já que existem diversas marcas que fazem parte do Ecossistema Ânima como a Escola Brasileira de Direito (EBRADI), a HSM, a HSM University, a SingularityU Brazil, a escola internacional de gastronomia Le Cordon Bleu e Learning Village, hub de inovação com foco em educação, além do Instituto Ânima. “Essa aquisição vai revolucionar o mercado educacional do Brasil. Mais do que impactar nosso ecossistema, queremos desenvolver as regiões e comunidades locais onde estão inseridas as nossas unidades, por meio da educação e da tecnologia”.